Na Grécia Antiga a aquisição da leitura, da escrita, da matemática eram consideradas secundárias. Como dizia Sócrates: “As letras virão com o tempo”.

Existia um sistema educacional chamado Paideia, cujo objetivo principal era moldar o caráter. Aos 15 anos os gregos deveriam responder, argumentar e defender sua resposta à pergunta “Qual o sentido de sua existência?”.

Preocupavam-se com o autoconhecimento e buscavam o ser, com o sentido da existência de cada um, com as potencialidades individuais. O ter não era valorizado.

Hoje a grande maioria prioriza o ter, e para isso se distanciam da própria essência... e sacrificam toda uma vida.

O mundo se transformou em um lugar competitivo... Pessoas lutando por ter mais do que as outras, ao invés de buscarem ser elas mesmas e se descobrirem cada vez mais e mais...

Um mundo doente... infeliz... insatisfeito...

Com pessoas doentes (física e emocionalmente)... infelizes... insatisfeitas... por terem se distanciado tanto de suas próprias essências.

E você? Qual o sentido de sua existência? Quanto tempo tem dedicado ao esforço de se conhecer melhor? Quanto está distanciado de si mesmo? Dedica-se mais a conquista de si mesmo, ou se dedica mais as conquistas materiais e financeiras?

Você tem priorizado o ser ou o ter?

A doença não está na vida ou no mundo como um todo.

A doença está na maneira como cada um escolhe para viver...

Faça sua vida diferente... escolha olhar para dentro... não seja maioria!!

Podemos até pensar que a maioria entrou numa engrenagem, sem se questionar, e sofre do mal da falta de sentido...

... falta de sentido de vida, sentido de luta, de causa...

Uma vida onde a felicidade e a saúde são sacrificadas sem questionamentos.

Lá na Grécia antiga, quando era percebido o distanciamento do indivíduo em relação à sua essência, para esta doença os sábios recomendavam o recolhimento e a introspecção, até que fosse encontrada a verdade interior: “a cura para todos os males”, segundo eles.

Aqui, os nossos antigos, tinham vidas mais saudáveis e tranquilas. Eu atribuo isso a falta de aparelhos televisores, carros, computadores... ou quaisquer outros meios de fuga fácil de nós mesmos.

Os mais velhos tinham por hábito ficarem horas sentados, em silêncio, na penumbra, perto de fogão à lenha, ou mergulhados na tranquilidade das estrelas... Eu penso que eles estavam procurando, pensando e refletindo sobre o sentido de sua existência... Eram mais sábios...

Hoje, nesta correria da vida moderna, em meio a todos estes entretenimentos, existe como recurso a Psicanálise para retirar-nos de toda esta loucura e permitir-nos entrar em contato conosco, com nossa essência... em busca do sentido de nossa existência.

Comece a buscar o sentido de sua existência, procure toda sua riqueza interior, aprenda a valorizar o ser, não permitindo assim, que sua vida tenha passado em branco.  

“Quem olha para fora sonha,

Quem olha para dentro desperta.”

(Carl Jung)

BIA MELARA/Companhia no Divã