Por que não despir a alma?
A respeito da necessidade de tirarmos as máscaras... de nos encontrarmos com nossas essências que estão por traz dos assessórios que usamos para nos esconder.
Vivemos uma época de valores invertidos.
Dá-se muito valor ao corpo físico, cuja nudez está totalmente banalizada.
Há preocupação excessiva com um corpo perfeito. Muita ginástica contra celulites e estrias... pneuzinhos nem pensar!!!!
Há esquecimento de partes internas.
Desvalorização da alma: essência, sentimentos, pensamentos, idéias, inteligência...
A era do “homem objeto”. O reinado da “mulher coisa” ou quem sabe “mulher fruta”.
Querem mostrar o corpo. Desejam aparecer a qualquer custo. Sonham com as famosas revistas...
Que bom seria se esta corrida estivesse relacionada à nudez emocional!!!
Que bom se as pessoas estivessem preocupadas em despir-se verdadeiramente.
Desnudar todas as emoções mais profundas.
Não ter medo de sua história.
Mostrar suas fantasias.
Não esconder as dores.
Conviver bem com seus medos.
Não ter problemas em vacilar.
Ser sincero.
Não fugir das verdades.
Assumir seus pensamentos e desejos mais secretos.
Não se esquivar das verdades, dos próprios pensamentos.
Ser humano.
Não ter vergonha dos pequenos defeitos.
Sorrir, chorar conforme a vontade.
Não ter segredos.
Gritar, chamar, cantar...
Não se assustar com as insanidades.
Ser feliz... dançar... amar...
Não ter pudores.
Revelar toda nossa beleza interior. Esta que o tempo não mata jamais. Esta que não tem estrias, nem celulites, nem rugas.
Esta que nos torna verdadeiramente belos, independente de ser criança, jovem, adulto ou velho.
Vamos perder a vergonha de desnudar toda a pureza.
Vamos mostrar ao mundo quem somos e como somos de verdade.
Vamos despir a nossa alma!!!
“... triste de nós que trazemos a alma vestida...” (Alberto Caeiro)
COMPANHIA NO DIVÃ - Bia Melara
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