Dejá-vu

Esse mistério que desperta tanto interesse, pode nos contar muito sobre nós

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Dejá-vu

Algumas pessoas me perguntam, pessoalmente ou através de e-mails, com muita curiosidade sobre este “misterioso” fenômeno chamado dejá-vu.

Há séculos a sensação de frio na espinha do déjà-vu intriga a humanidade. A sensação surge nos momentos mais estranhos.     De onde vem essa sensação? É tudo fruto da imaginação ou ela emerge de uma realidade mais profunda? Por que ela existe? E, acima de tudo, o que ela significa?

Tenho certeza que você, não só sabe o que é, como também, já o viveu.

Todos nós já passamos pela sensação de já ter dito aquilo, naquele mesmo lugar, rodeado por aquelas mesmas pessoas e objetos.

Dejá-vu traduzindo do francês significa já visto.

É aquela famosa sensação de que já vivi isto antes, parece que já conheço esta pessoa, tenho a impressão de que já estive neste lugar, sei o que vai acontecer logo em seguida.

Parece corriqueiro, mas para ser um dejá-vu clássico esta sensação tem de estar acompanhado de um sentimento de estranheza, pois tem se a certeza de que o que parece já vivenciado não deveria sê-lo, já que seria impossível já ter ocorrido algum dia.

Portanto não há dúvida ou confusão, mas muita estranheza!!!

Existe explicação científica para isto:

É conhecido que o cérebro possui vários tipos de memória, como a memória imediata, responsável, por exemplo, da capacidade de repetir imediatamente um número de telefone que é dito, e logo em seguida esquecê-los; a memória de curto prazo, que é aquela que dura algumas horas ou dias, mas que pode ser consolidada; e a memória de longo prazo, que dura meses ou até anos, exemplificada pelo aprendizado de uma língua.
O déjà-vu acontece quando por uma falha no cérebro, os fatos que estão acontecendo são armazenados diretamente na memória de longo ou médio prazo, sem passar pela memória imediata. Isso nos da à sensação que o fato já ocorreu.

Sigmund Freud dava-lhe outra explicação: as cenas familiares seriam visualizadas nos sonhos e depois esquecidas e, segundo ele, eram resultado de desejos reprimidos ou de memórias relacionadas com experiências traumáticas. Outra das explicações propostas fazia depender o fenômeno de uma similitude entre elementos da cena vivenciada e elementos de outras passadas mediadas por um fenômeno emocional.

Será o Dejà vu um lugar onde o presente e o passado convergem? Ou será que eu voltei no tempo?Bem, as respostas podem ser um pouco desapontadoras e não é exatamente o que os místicos dizem. Uma explicação seria que apesar de certas situações em si serem novas ou nunca terem acontecido antes, certos elementos dela, como o ambiente, as pessoas com quem você está ou certo cheiro, um som, uma visão possuem similaridades com uma experiência anterior ou uma lembrança que você não reconhece conscientemente. A experiência atual ativa lembranças inconscientes, de modo que estas experiências novas parecem ser uma réplica do passado. Quando dizemos lembranças inconscientes, são as lembranças ou os eventos nas nossas vidas aos quais nós não damos atenção especial, mas que o cérebro armazenou inconscientemente. Certas conexões sinápticas foram disparadas e então produzem certo tipo de sensação como se o evento já tivesse acontecido antes. É só uma questão de recordação. E, visto que o nosso cérebro está longe de ser um gravador de vídeo, pode haver algumas discrepâncias nestas consolidações da memória.

Mas eu penso que a ciência às vezes é muito sem graça, e pouco poética.

Prefiro acreditar que “há muito mais mistérios entre o céu e a terra do que a nossa vã filosofia pode imaginar”. (Shakespeare)

Eu acredito em percepção, em sentidos...

Acredito nas emoções que podem ser despertadas em um lugar dentro de nós chamado desejo.

Acredito na capacidade que o ser humano tem de desenhar a própria vida através de planos, que ficam registrados em um lugar lindo chamado sonho.

Acredito em um poder muito, muito grande da mente humana que conhecemos como intuição (que desaprendemos ou ainda não aprendemos a usar, já que hoje usamos apenas 1% deste potencial).

Acredito no conhecimento com relação as nossas vivências passadas, presentes e futuras, tão grande quanto a nossa capacidade de 360 graus de visão, que possuímos e nem nos damos conta.

Acredito que somos nós que construímos a nossa própria história...

E é devido a este poder tão grande, que possuímos e não sabemos utilizar, que temos que estar sempre de bem conosco.

COMPANHIA NO DIVÃ/Bia Melara

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