A raiva - Este vulcão
Um momento para pensar um sentimento perigoso e explosivo como a raiva. Apesar de ser assustador ela tem suas funções... só precisamos aprender a lidar com eles.

Sob sugestão de Carlos, a quem quero agradecer, estou escrevendo hoje sobre a raiva.
Eu entendo porque ele esteja preocupado, quando este sentimento é direcionado de forma inadequada é muito assustador e prejudicial.
A raiva normalmente está relacionada à frustração e surge quando a pessoa sente-se desprezada, desvalorizada, ou quando um desejo é contrariado.
Entre os sentimentos humanos, a raiva é um dos mais poderosos.
Ela aparece em forma de uma revolta, um furacão que faz o indivíduo perder o controle de seus atos. A pessoa com raiva tem vontade de agredir o outro, de se auto agredir, de gritar...
Existem casos em que a pessoa vai guardando suas mágoas, escondendo e disfarçando até que elas se transformem em uma raiva devastadora, ou então desencadeiem doenças psíquicas e até físicas. Em outros casos ela torna-se constante, aparecendo nas situações mais corriqueiras. Nesses casos é preciso identificar se o sentimento foi internalizado e procurar desvendar os reais motivos que levam a essa atitude desproporcional.
Por outro lado, a raiva, como qualquer outro sentimento, de forma moderada é muito importante para a evolução e sobrevivência. Os sentimentos funcionam como sinalizadores de nossos limites, nos apontam quando algo está fora de lugar, e permitem que diferenciemos o que é agradável do que é desagradável. São importantes principalmente na defesa de nossos interesses pessoais.
A inexistência da raiva é tão preocupante quanto à falta de controle. Mas atenção: é importantíssimo saber lidar com ela de forma construtiva e na hora certa.
Lidar com a raiva de forma saudável pode partir de atitudes simples como: usar de sinceridade, expor os sentimentos e motivos que os desencadeiam. Essas atitudes além de aliviar e fazer refletir sobre os reais motivos que levam a situação, faz com que os outros comecem a perceber os seus limites.
O caminho para o autocontrole passa, acima de tudo, pela consciência do problema.
O tratamento eficaz para os indivíduos que expressam sua raiva de maneira desproporcional ou ainda para aqueles que não conseguem externa-la de maneira adequada é o atendimento psicoterápico, onde com a ajuda de um psicólogo você irá conhecer a sua raiva e administrá-la de maneira adequada ao momento e à situação.
Em análise você irá aprender a não engolir esses sapos tão indigestos do dia-a-dia, que são responsáveis não apenas pelas raivas, como também por muitos dos sintomas neuróticos que lhe afligem.
BIA MELARA/Companhia No Divã
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